Nossa cultura importada do norte,
ou será que um dia será do sul?
abandonados ao azar e à sorte
Somos terceirizados, sem sangue azul!
A refeição: um industrializado.
A fé: das 7 às 6.
Nosso governo é um sistema falho,
que nos explora 720 horas por mês...
Novas máquinas estão sendo fabricadas,
em um período de 6 horas por dia
por mais de 20 anos são aperfeiçoadas.
Reproduzindo, sem saber o que se cria.
E na hora da ajuda,
Vão em busca da defesa
Mas a sociedade tão fajuta,
rejeita essa gente sem certeza.
terça-feira, 24 de novembro de 2009
terça-feira, 10 de novembro de 2009
Ignora, o ignorante.
Se desagrada,
inútil.
Se não entende,
fútil.
Se não diz nada,
lixo.
Se causa medo,
Bicho.
Idéia vaga,
ignorante.
Dedução rara,
insignificante.
Decisão,
tão passageira.
Responsabilidade,
bobeira.
Idiota é o incompreensível.
inútil.
Se não entende,
fútil.
Se não diz nada,
lixo.
Se causa medo,
Bicho.
Idéia vaga,
ignorante.
Dedução rara,
insignificante.
Decisão,
tão passageira.
Responsabilidade,
bobeira.
Idiota é o incompreensível.
quinta-feira, 5 de novembro de 2009
O caminho das Rosas
Os olhos cheios d'água
Refletem sua face triste
Brigas sem nenhuma causa
Causa sustentada de tolice
As bocas que outrora beijavam
Dizem palavra cruel,
E os pássaros que longe cantavam
Buscam refúgio no céu.
O céu pintou-se de negro
e defendeu-se das suas palavras
Que não exalaram sossego
mas somente mataram por nada.
Não volte quando se arrepender,
porque não vou lhe esperar
Quando clamei por você,
Disse que era melhor me deixar.
Deixada segui meu caminho,
Uma estrada tão longa e malvada
Busquei rosa e encontrei espinho
Hoje não busco mais nada.
Refletem sua face triste
Brigas sem nenhuma causa
Causa sustentada de tolice
As bocas que outrora beijavam
Dizem palavra cruel,
E os pássaros que longe cantavam
Buscam refúgio no céu.
O céu pintou-se de negro
e defendeu-se das suas palavras
Que não exalaram sossego
mas somente mataram por nada.
Não volte quando se arrepender,
porque não vou lhe esperar
Quando clamei por você,
Disse que era melhor me deixar.
Deixada segui meu caminho,
Uma estrada tão longa e malvada
Busquei rosa e encontrei espinho
Hoje não busco mais nada.
segunda-feira, 26 de outubro de 2009
Aos Heróis deste mundo.
Nunca vi herói
morrer de velhice.
Todos morreram em emboscada,
guerra, passeata ou manifesto...
Tornam-se heróis
quando o perigo de suas idéias
é apenas um fantasma do passado.
Dão a vida por uma causa profunda
e terminam em praças, servindo de banheiro aos pombos!
morrer de velhice.
Todos morreram em emboscada,
guerra, passeata ou manifesto...
Tornam-se heróis
quando o perigo de suas idéias
é apenas um fantasma do passado.
Dão a vida por uma causa profunda
e terminam em praças, servindo de banheiro aos pombos!
sábado, 10 de outubro de 2009
Ideologia fraca.
Proteste!
mas não deixe que banalizem sua voz,
o sistema sabe ser atroz
com quem não lhe convém.
Conteste!
as coisas tão fora do lugar,
essa sobra de só saber falar
Amém.
Celeste!
Espere de lá a solução,
Guiado só por emoção.
A vista tão cega.
Acontece!
Sua vontade de biquíni,
Enfeitando uma vitrine.
Seu protesto sossega.
mas não deixe que banalizem sua voz,
o sistema sabe ser atroz
com quem não lhe convém.
Conteste!
as coisas tão fora do lugar,
essa sobra de só saber falar
Amém.
Celeste!
Espere de lá a solução,
Guiado só por emoção.
A vista tão cega.
Acontece!
Sua vontade de biquíni,
Enfeitando uma vitrine.
Seu protesto sossega.
sexta-feira, 2 de outubro de 2009
Jardim de uma Flor só.
Sou espinho, você rosa
e nada tem a ver com masculinidade.
Enquanto encanta, machuco.
Enquanto choro, saudade.
Uma só flor tão relativa
uma relação que não compare
Você amor, eu o fim
e até que a morte nos separe.
e nada tem a ver com masculinidade.
Enquanto encanta, machuco.
Enquanto choro, saudade.
Uma só flor tão relativa
uma relação que não compare
Você amor, eu o fim
e até que a morte nos separe.
Eu pedreiro
Construída foi de palha,
por isso sou de tijolo.
o sopro a derruba
e não me abala,
por fora armada
por dentro tolo.
por isso sou de tijolo.
o sopro a derruba
e não me abala,
por fora armada
por dentro tolo.
O pão de cada dia
Grade cadeado portão.
Seu lar é a prisão.
Protege-se do violento urbano
e esquece que a cada 4 anos
abre a porta,
oferece a sala,
ao seu próprio ladrão.
Sem querer saber,
que é também quem lhe rouba
o pão.
Seu lar é a prisão.
Protege-se do violento urbano
e esquece que a cada 4 anos
abre a porta,
oferece a sala,
ao seu próprio ladrão.
Sem querer saber,
que é também quem lhe rouba
o pão.
quarta-feira, 30 de setembro de 2009
O equilíbrio que me amedronta
Enquanto houver sobra
Haverá poesia
Meu verso é rimado
Com o que resta do dia.
Se houver ausência
As palavras com sua presença
Vão preencher o vazio
E acalmar a tormenta.
Quando em mim não houver
O que falte e o que carece completar
Estarei morta.
Já não terei o que rimar!
Sem rima e sem verso
Num equilíbrio cheio de tédio.
Serei um morto vivo,
Sustentado por remédio.
A luz não há de me bastar,
O sol não há de me esquentar.
Restará apenas uma caixa antiga
Cheia de fotos e vida.
A vida que encheu meus pulmões,
Está intacta no papel,
Não necessito mais ficar
Aguardo o inferno ou o céu.
Haverá poesia
Meu verso é rimado
Com o que resta do dia.
Se houver ausência
As palavras com sua presença
Vão preencher o vazio
E acalmar a tormenta.
Quando em mim não houver
O que falte e o que carece completar
Estarei morta.
Já não terei o que rimar!
Sem rima e sem verso
Num equilíbrio cheio de tédio.
Serei um morto vivo,
Sustentado por remédio.
A luz não há de me bastar,
O sol não há de me esquentar.
Restará apenas uma caixa antiga
Cheia de fotos e vida.
A vida que encheu meus pulmões,
Está intacta no papel,
Não necessito mais ficar
Aguardo o inferno ou o céu.
Reflexões de uma aula de química
Procuro um profissional
bom de dar sumiço.
Tenho dinheiro e vou pagar,
meu dinheiro é fruto disso!
Encomendo um homem
capaz de sequestrar,
mas não é pra pegar gente,
gente não carece levar.
Quero que prendam Gás Carbônico!
Tão mal pro meu coração!
Preciso acabar com ele,
antes que encha meu pulmão.
bom de dar sumiço.
Tenho dinheiro e vou pagar,
meu dinheiro é fruto disso!
Encomendo um homem
capaz de sequestrar,
mas não é pra pegar gente,
gente não carece levar.
Quero que prendam Gás Carbônico!
Tão mal pro meu coração!
Preciso acabar com ele,
antes que encha meu pulmão.
quarta-feira, 2 de setembro de 2009
Receita de um cidadão
Gente é tudo bicho estranho mãe, minha professora me contou. Triste eu tô, agora que sei mãe, que tudo até hoje foi nada. Sabe esse discurso que a gente vê na televisão?! É tudo combinado pra enganar a gente, pra fazer a gente trabalhar pro resto da vida. Eu tenho medo mãe.
A mãe que ouvia tudo calada resolveu dar sua contribuição. Larga disso moleque, larga disso! Não é coisa pra gente como a gente!!! Vamo ficá aqui quieto e larga disso.
Um medo maior assombrou os olhos do menino. O mundo estava assim, porque a maioria, como sua mãe, se mantinha a salvo no silêncio. Ele realmente não entendia como alguém, sabendo o certo, poderia decidir-se a fazer o errado. Todas as idéias giravam em sua cabeça, sua cabeça girava em torno das idéias. Idéias. Meu Deus, até hoje ele nunca havia parado para pensar quais seriam as suas idéias. Mas o que havia de ter? Não tinha nada, fazia como sua mãe lhe ensinara, se movimentava como uma máquina. O pensamento era para os bravos que sabiam lutar. Após o turbilhão se acalmar, o menino voltou a soltar palavras. Mãe, ô mãe (chamou a última vez porque a mãe cochilava), porque que a senhora não toma um lado? Num defende nóis que até fome já passamo?
A mãe, ainda envolvida pelo sono, começou a responder. Fio, na escola a gente aprende mais que a gente precisa; eles devia era de ensiná o silêncio. Nóis, que é pobre...
Antes que a mãe terminasse a frase o telejornal chegava ao fim, para dar início a única diversão diária da mulher, a novela. Eta novela boa! Ela via suas dores na mulher pobre e seus sonhos na rica. Ô esperança que ela sentia. Não havia um dia que ela não pensasse em ser aquela personagem. Mal sabia ela que para conseguir teria de ir contra o conselho que dera ao filho, o silêncio.
A pergunta ficou por responder, e ai do menino se chamasse a mãe.
Ele ficou imóvel por alguns minutos, pensando. Jamais retornaria ao assunto com a mãe. Não queria mais lacunas. Não queria conselhos inúteis. O que desejava mesmo era ser alguém, pois até aquele dia, tinha sido nada mais que ninguém. Não queria pão e circo. Não seria palhaço ou burro de carga. Ele seria mais, muito mais, que a gente mencionada por sua professora. Ele seria homem!
A mãe que ouvia tudo calada resolveu dar sua contribuição. Larga disso moleque, larga disso! Não é coisa pra gente como a gente!!! Vamo ficá aqui quieto e larga disso.
Um medo maior assombrou os olhos do menino. O mundo estava assim, porque a maioria, como sua mãe, se mantinha a salvo no silêncio. Ele realmente não entendia como alguém, sabendo o certo, poderia decidir-se a fazer o errado. Todas as idéias giravam em sua cabeça, sua cabeça girava em torno das idéias. Idéias. Meu Deus, até hoje ele nunca havia parado para pensar quais seriam as suas idéias. Mas o que havia de ter? Não tinha nada, fazia como sua mãe lhe ensinara, se movimentava como uma máquina. O pensamento era para os bravos que sabiam lutar. Após o turbilhão se acalmar, o menino voltou a soltar palavras. Mãe, ô mãe (chamou a última vez porque a mãe cochilava), porque que a senhora não toma um lado? Num defende nóis que até fome já passamo?
A mãe, ainda envolvida pelo sono, começou a responder. Fio, na escola a gente aprende mais que a gente precisa; eles devia era de ensiná o silêncio. Nóis, que é pobre...
Antes que a mãe terminasse a frase o telejornal chegava ao fim, para dar início a única diversão diária da mulher, a novela. Eta novela boa! Ela via suas dores na mulher pobre e seus sonhos na rica. Ô esperança que ela sentia. Não havia um dia que ela não pensasse em ser aquela personagem. Mal sabia ela que para conseguir teria de ir contra o conselho que dera ao filho, o silêncio.
A pergunta ficou por responder, e ai do menino se chamasse a mãe.
Ele ficou imóvel por alguns minutos, pensando. Jamais retornaria ao assunto com a mãe. Não queria mais lacunas. Não queria conselhos inúteis. O que desejava mesmo era ser alguém, pois até aquele dia, tinha sido nada mais que ninguém. Não queria pão e circo. Não seria palhaço ou burro de carga. Ele seria mais, muito mais, que a gente mencionada por sua professora. Ele seria homem!
quinta-feira, 27 de agosto de 2009
Regras de um Bem-sucedido
COMPRE.
É a moda, é a sociedade.
TENHA.
Porque sem nada, é só vontade.
SINTA.
Mas bem pouco pra não estragar.
SEJA.
O que o estilista mandar.
FINJA.
Todos estão mascarados.
CORRA.
Ou chegará atrasado.
OBEDEÇA.
A novidade estereotipada.
DIGA.
Não, não diga nada.
EXISTA.
Nessa vida desgraçada.
É a moda, é a sociedade.
TENHA.
Porque sem nada, é só vontade.
SINTA.
Mas bem pouco pra não estragar.
SEJA.
O que o estilista mandar.
FINJA.
Todos estão mascarados.
CORRA.
Ou chegará atrasado.
OBEDEÇA.
A novidade estereotipada.
DIGA.
Não, não diga nada.
EXISTA.
Nessa vida desgraçada.
quarta-feira, 29 de julho de 2009
terça-feira, 14 de julho de 2009
Laços de Sangue
Pai, se você chorasse
Talvez suas lágrimas levassem
Esse imenso muro de concreto
Que se instalou em nosso teto.
Não há nem um buraco que se possa sondar
Nem um pedaço que se possa esburacar
O muro é de concreto, não de papel.
Nada foi dito, então só resta imaginar,
O que seria o momento de falar
Talvez suas lágrimas levassem
Esse imenso muro de concreto
Que se instalou em nosso teto.
Não há nem um buraco que se possa sondar
Nem um pedaço que se possa esburacar
O muro é de concreto, não de papel.
Nada foi dito, então só resta imaginar,
O que seria o momento de falar
Mas o muro é de concreto, não de papel.
Às ave-marias.
Vais minha filha,
vais rezar.
Porque se Deus não ouvir,
quem vai perdoar?
Queres ir aos céus, filha minha?
Põe-te de joelhos no grão.
Pagas teu pecado,
Imploras o perdão!
Vais a Igreja e confessas
Ao padre, um escolhido de Deus.
Ele há de entender,
Pois apesar de santo tem erros como os teus.
E a filha pensa,
Deus do céu! – como interjeição
Porque hei de ir ao homem
Para fazer confissão?
Se ele peca, como pequei.
E é homem como sou,
Porque eu tenho que lhe contar
Se meu Deus é o senhor?
Confundida com a regra tão inútil
A menina peca ao questionar
As leis da Igreja são feitas para seguir
E não pra duvidar!
Menina tão pobre e burra
Desconhece a indulgência e usura
Não, não há mais que duvidar,
Aos domingos vai à missa, e às ave-marias vai confessar.
vais rezar.
Porque se Deus não ouvir,
quem vai perdoar?
Queres ir aos céus, filha minha?
Põe-te de joelhos no grão.
Pagas teu pecado,
Imploras o perdão!
Vais a Igreja e confessas
Ao padre, um escolhido de Deus.
Ele há de entender,
Pois apesar de santo tem erros como os teus.
E a filha pensa,
Deus do céu! – como interjeição
Porque hei de ir ao homem
Para fazer confissão?
Se ele peca, como pequei.
E é homem como sou,
Porque eu tenho que lhe contar
Se meu Deus é o senhor?
Confundida com a regra tão inútil
A menina peca ao questionar
As leis da Igreja são feitas para seguir
E não pra duvidar!
Menina tão pobre e burra
Desconhece a indulgência e usura
Não, não há mais que duvidar,
Aos domingos vai à missa, e às ave-marias vai confessar.
De mim pra Você.
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