Em linhas gerais
os zés são zés.
Homens sem expressão
ou expressivos demais.
São tão comuns, tão normais.
Constroem casa e mesa e sonho...
(Suponho)
Com seus braços de ferro
e coração de ouro.
São fortes como um touro,
Sensíveis como a luz.
Não se escondem, mas nunca são vistos.
Talvez não existam para o olhar.
Matéria e espírito... um pouco misto.
Grandeza demais para observar.
Os zés são zés,
feitos de aço e mantidos por fé.
domingo, 31 de janeiro de 2010
sexta-feira, 29 de janeiro de 2010
Escrita, descrita e despida
Nessas linhas estou escrita,
descrita,
despida.
As palavras se ordenam e dão sentido
a quem sou.
Dão-me um caminho, mas não me definem...
E como eu haveria de ser definida
se nem meus átomos o são?
E de repente eu perco o chão
que não se encontrava embaixo dos meus pés!
Que não sei em que lugar está (sequer)...
Nem se já esteve ou não.
E um dia um anjo negro
ou branco, não sei,
vem e me leva pelas mãos.
Vem e me rouba o chão,
que talvez nunca pisei.
Mas que não me leve aos céus,
que não seja tão cruel
e me faça pisar nas nuvens
com as quais um dia sonhei...
Acho que prefiro continuar sonhando,
e se piso e acaba o encanto?
para onde é que irei?
descrita,
despida.
As palavras se ordenam e dão sentido
a quem sou.
Dão-me um caminho, mas não me definem...
E como eu haveria de ser definida
se nem meus átomos o são?
E de repente eu perco o chão
que não se encontrava embaixo dos meus pés!
Que não sei em que lugar está (sequer)...
Nem se já esteve ou não.
E um dia um anjo negro
ou branco, não sei,
vem e me leva pelas mãos.
Vem e me rouba o chão,
que talvez nunca pisei.
Mas que não me leve aos céus,
que não seja tão cruel
e me faça pisar nas nuvens
com as quais um dia sonhei...
Acho que prefiro continuar sonhando,
e se piso e acaba o encanto?
para onde é que irei?
Resposta.
(Respondo ao poema "Vida" de Mario Quintana)
Leio-te até agora porque a minha vida exige teus versos!
Leio-te até agora porque a minha vida exige teus versos!
Poesia sem fim
Quero inteiro.
Se for metade não quero mais!
Parte sozinha não é todo,
e todo sem parte não se faz!
Por isso dois para ser um.
Por isso um para ser dois.
O amor é presente, agora,
Desconhece o depois.
Se for metade não quero mais!
Parte sozinha não é todo,
e todo sem parte não se faz!
Por isso dois para ser um.
Por isso um para ser dois.
O amor é presente, agora,
Desconhece o depois.
quinta-feira, 28 de janeiro de 2010
O caminho
Os caminhos que levam são os que trazem.
Trazem o corpo...
Levam a alma!
Trazem um pouco de calma.
O vir não anula o ir,
pois quando vou e venho tenho tempo...
E o tempo não vai nem vem.
Ele está parado.
Nós é que nos movemos,
e dizemos que o tempo passa.
E essas rugas que brotam em minha face,
eu não sei como explicar...
Então culpo o tempo,
mas não quando faz sol ou está chovendo...
Culpo o tempo que foge de mim
como se tivesse pernas.
Ele corre,
e não me espera!
Ou corro eu
e ele não se mexe?
Se corroeu... ele não se mexe.
Trazem o corpo...
Levam a alma!
Trazem um pouco de calma.
O vir não anula o ir,
pois quando vou e venho tenho tempo...
E o tempo não vai nem vem.
Ele está parado.
Nós é que nos movemos,
e dizemos que o tempo passa.
E essas rugas que brotam em minha face,
eu não sei como explicar...
Então culpo o tempo,
mas não quando faz sol ou está chovendo...
Culpo o tempo que foge de mim
como se tivesse pernas.
Ele corre,
e não me espera!
Ou corro eu
e ele não se mexe?
Se corroeu... ele não se mexe.
sexta-feira, 22 de janeiro de 2010
Tal vez...
Esse céu cinza,
nem branco e nem preto
Esse tom de meio termo,
de talvez, de quem sabe...
Quem sabe o sol nasce,
e o cinza some, e o azul chega...
Já chega...!
A verdade é ainda mais cruel,
nesse talvez azul do céu.
Nesse talvez você chegue,
Talvez a porta abra,
talvez a chuva cesse,
talvez o carro pare.
Essa dúvida tão cheia de certeza
que a dúvida existirá.
E essa certeza tão cheia de dúvidas
que nos faz recuar.
E esse recuo tão cheio de medo
que nos faz abraçar.
E esse abraço tão cheio de nada,
nos faz acreditar.
Que talvez mude,
ou talvez salve...
Apenas a morte não aceita talvez.
Ela é certa... não muda.
Mantem-se muda e fria.
Não anda pelo meio da pista...
nem sei se anda pela pista.
E uma vez que seja vista,
é a ultima vez. Porque ela sim, não aceita talvez.
nem branco e nem preto
Esse tom de meio termo,
de talvez, de quem sabe...
Quem sabe o sol nasce,
e o cinza some, e o azul chega...
Já chega...!
A verdade é ainda mais cruel,
nesse talvez azul do céu.
Nesse talvez você chegue,
Talvez a porta abra,
talvez a chuva cesse,
talvez o carro pare.
Essa dúvida tão cheia de certeza
que a dúvida existirá.
E essa certeza tão cheia de dúvidas
que nos faz recuar.
E esse recuo tão cheio de medo
que nos faz abraçar.
E esse abraço tão cheio de nada,
nos faz acreditar.
Que talvez mude,
ou talvez salve...
Apenas a morte não aceita talvez.
Ela é certa... não muda.
Mantem-se muda e fria.
Não anda pelo meio da pista...
nem sei se anda pela pista.
E uma vez que seja vista,
é a ultima vez. Porque ela sim, não aceita talvez.
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