Esse céu cinza,
nem branco e nem preto
Esse tom de meio termo,
de talvez, de quem sabe...
Quem sabe o sol nasce,
e o cinza some, e o azul chega...
Já chega...!
A verdade é ainda mais cruel,
nesse talvez azul do céu.
Nesse talvez você chegue,
Talvez a porta abra,
talvez a chuva cesse,
talvez o carro pare.
Essa dúvida tão cheia de certeza
que a dúvida existirá.
E essa certeza tão cheia de dúvidas
que nos faz recuar.
E esse recuo tão cheio de medo
que nos faz abraçar.
E esse abraço tão cheio de nada,
nos faz acreditar.
Que talvez mude,
ou talvez salve...
Apenas a morte não aceita talvez.
Ela é certa... não muda.
Mantem-se muda e fria.
Não anda pelo meio da pista...
nem sei se anda pela pista.
E uma vez que seja vista,
é a ultima vez. Porque ela sim, não aceita talvez.